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Autocuidado para um Ano Novo Mais Leve
Driblando a Rigidez Cognitiva + Descobrindo o Cuidado que Eu Preciso + Lidando com a Autolesão


📃Edição 14
⏳Tempo aproximado de leitura: 4 minutos
🌻Mensagem para a semana
Que 2025 traga leveza, esperança e momentos de cuidado com você mesma.
Encare este novo ano como uma oportunidade para fortalecer seus laços, recarregar suas energias e celebrar cada conquista, por menor que pareça.
Estamos juntos nesta jornada e continuaremos aqui, compartilhando apoio e inspiração para um ano cheio de realizações.
Feliz Ano Novo!💫
🐺Nesta edição:
1) Transformando Crise em Conexão: Driblando a Rigidez Cognitiva
2) Cuidando de Si para Cuidar Melhor: Autocuidado para um Ano Novo Mais Leve
3) Um Pouco da Nossa História: Descobrindo o Cuidado que Eu Preciso
4) Conversa com o Especialista: Lidando com a Autolesão
🧩Transformando Crise em Conexão
Driblando a Rigidez Cognitiva
A rigidez cognitiva é um traço comum em pessoas no espectro do autismo, caracterizado pela dificuldade em adaptar-se a mudanças ou encontrar soluções alternativas para problemas do cotidiano.
Essa falta de flexibilidade pode impactar desde habilidades sociais até o comportamento e a capacidade de lidar com frustrações.
Por exemplo, uma criança que imagina seu bolo de aniversário de um jeito específico pode se sentir profundamente frustrada e até chorar ao perceber que ele está diferente.
Esse tipo de reação não é birra, mas sim um reflexo de um desafio em flexibilizar ideias e expectativas.
Para ajudar a desenvolver essa habilidade, é importante criar oportunidades de variação e adaptação no dia a dia.
Estratégias como histórias sociais podem ser muito úteis.
Por exemplo, se uma criança sempre chora quando é hora de guardar os brinquedos, você pode criar uma história simples e ilustrada mostrando o passo a passo da rotina: primeiro brincar, depois guardar os brinquedos no cesto, e por fim, escolher uma atividade divertida para fazer em seguida, como ouvir uma música ou ler um livro.
Esse recurso ajuda a criança a entender o que vai acontecer e a se preparar para mudanças de atividades, tornando a transição mais tranquila.
Desenhos simples ou mapas visuais ajudam a preparar a criança para o que vai acontecer, oferecendo segurança e previsibilidade.
Imagine, por exemplo, uma criança que espera comer macarrão em todas as refeições e se recusa a experimentar algo diferente. Nesse caso, a família pode começar apresentando pequenas mudanças no prato habitual, como um novo molho ou tempero, sempre explicando e validando os sentimentos da criança.
Essa abordagem, feita de forma gradual, ajuda a ampliar o repertório de escolhas e a lidar melhor com situações inesperadas.
Outro ponto importante é usar ferramentas que despertem o interesse da criança, como músicas ou desenhos animados, para explorar conceitos de flexibilidade.
É fundamental lembrar que a dificuldade não é proposital. Ao compreender que essa rigidez é uma habilidade em déficit, podemos apoiar o desenvolvimento de estratégias mais adaptativas.
Quanto mais trabalharmos a flexibilidade no cotidiano, mais ajudaremos a pessoa autista a navegar por situações variadas com maior confiança e tranquilidade.
🌻Cuidando de Si para Cuidar Melhor
Planejando o Autocuidado para um Ano Novo Mais Leve
O último dia do ano é uma oportunidade perfeita para refletir sobre o que podemos fazer por nós mesmos no próximo ciclo.
O autocuidado não precisa ser algo grandioso ou difícil de alcançar; ele pode começar com pequenas mudanças no dia a dia.
Que tal tirar um momento agora para pensar em como incluir mais pausas, momentos de lazer e práticas que recarreguem sua energia no seu ano de 2025?
Escreva uma lista simples com ideias práticas, como caminhar ao ar livre, reservar um tempo para um hobby ou se permitir descansar sem culpa.
Ao planejar o autocuidado, pense em estratégias que se encaixem na sua rotina e que sejam sustentáveis.
Você pode, por exemplo, estabelecer metas como dedicar 10 minutos diários para a meditação, organizar encontros mensais com pessoas que você ama ou até mesmo preparar uma refeição especial para si mesma toda semana.
Pequenos gestos como esses ajudam a manter o equilíbrio físico e emocional ao longo do ano.
Lembre-se: cuidar de si é o primeiro passo para cuidar de quem está ao seu redor.
Quando estamos mais equilibradas e atentas às nossas necessidades, conseguimos oferecer nosso melhor para as pessoas que amamos.
Que 2025 seja um ano repleto de autocuidado, amor-próprio e momentos que façam o seu coração sorrir.
Feliz Ano Novo! 🎉
✅ Jogo dos 7 erros

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🐺Um Pouco da Nossa História
Descobrindo o Cuidado que Eu Preciso
Falar sobre autocuidado tem sido uma missão importante para mim nesta newsletter. Sempre quis inspirar você a buscar formas de aliviar a carga emocional do dia a dia.
Porém, um olhar sincero para dentro de mim revelou algo importante: eu não aplicava essa mensagem à minha própria vida.
Este fim de ano trouxe a clareza de que cuidar da minha saúde mental não podia mais ser deixado de lado. Foi assim que decidi investir em mim mesmo e iniciar terapias que ressoassem com o que eu precisava neste momento.
Minha escolha foi guiada pelo desejo de encontrar algo que me trouxesse equilíbrio e bem-estar.
Optei por terapias que combinam com o meu jeito de ser, mas o mais importante foi dar o primeiro passo: reconhecer que cuidar da mente é tão essencial quanto cuidar do corpo.
Cada sessão tem sido uma oportunidade de aprender mais sobre mim e fortalecer meu emocional, algo que, com o tempo, também reflete positivamente nas minhas relações e no modo como enfrento os desafios do dia a dia.
Quero reforçar que o tipo de terapia que você escolhe não precisa seguir um modelo único. Pode ser tradicional, integrativa ou até mesmo algo experimental.
O que importa é que faça sentido para você e que te ajude a olhar para dentro com carinho e coragem.
Se você, assim como eu, sente que precisa desse cuidado, considere fazer desse o seu presente para 2025.
Afinal, cuidar da saúde mental é um ato de amor-próprio que transforma vidas.

Dr Leonardo Perfeto
🎓Conversa com o Especialista
Na seção Conversa com o Especialista, responderei a perguntas que recebo nas caixinhas do Instagram para oferecer insights valiosos sobre o autismo e o desenvolvimento infantil.
A cada edição, trarei temas práticos e relevantes para ajudar as famílias a compreender melhor o transtorno e a melhorar a qualidade de vida de suas crianças, sempre com dicas e orientações.
Nesta edição, irei responder a perguntas frequentes sobre um tema crucial para muitas famílias: Lidando com a Autolesão.
Por que meu filho bate a cabeça? É algo que eu devo me preocupar?
R: Bater a cabeça é uma forma que muitas crianças, especialmente as autistas, encontram para lidar com sensações de frustração, sobrecarga sensorial, ou até mesmo para buscar estímulos. Isso pode ser preocupante se o comportamento causar machucados ou indicar que seu filho está lidando com um grande desconforto. A melhor forma de entender esse comportamento é observar o contexto: ele ocorre em momentos de estresse, cansaço, ou tédio? Identificar a causa é o primeiro passo para ajudar.O que eu posso fazer para evitar que ele se machuque quando bate a cabeça?
R: Em momentos de crise, tente oferecer um ambiente seguro. Se possível, proteja o espaço ao redor, afastando objetos que possam causar ferimentos. Algumas famílias utilizam almofadas ou capacetes adaptados em situações mais intensas. Lembre-se de manter a calma e de tentar distrair ou redirecionar a atenção da criança para algo que a acalme. Mas o mais importante é buscar ajuda profissional para desenvolver estratégias personalizadas e eficazes.
Existe alguma técnica para reduzir esse comportamento?
R: Sim! Técnicas de substituição e reforço positivo são muito úteis. Por exemplo, ensinar seu filho a expressar frustração de outra forma, como apertar um travesseiro ou usar palavras simples, pode ajudar. Também é fundamental elogiar ou recompensar comportamentos mais adequados. Além disso, se o comportamento ocorre por excesso de energia, uma rotina com atividades sensoriais e físicas pode ajudar a reduzir esses momentos.
O que fazer quando ele começa a bater a cabeça durante uma crise?
R: Durante uma crise, priorize proteger a criança e mantê-la segura. Reduza estímulos ao redor, como barulhos ou luzes fortes, e tente oferecer algo que ela ache reconfortante, como um objeto favorito ou um abraço, se ela aceitar. Evite gritar ou tentar controlar fisicamente, pois isso pode aumentar a intensidade do comportamento. Após a crise, tente conversar (de forma adaptada à idade e compreensão dela) e explore o que causou o episódio para prevenir novos.
Fique atenta às caixinhas de perguntas no meu Instagram. As mais interessantes, trarei pra cá. Quem sabe sua pergunta é respondida aqui também!
✅Resposta do jogo dos 7 erros

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Até a próxima edição! 🐺
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