Comparar as filhas: pode ou não?

O papel da rotina no autismo + Dor x Sofrimento + Medicamentos para Autismo 2

📃Edição 12

⏳Tempo aproximado de leitura: 4 minutos

🌻Mensagem para a semana

Linda terça-feira!
Que seja um dia de levezas, de alegrias, de coração sereno e agradecido... um dia lindo de superações, de aprendizados e carinhos sinceros!
Que seja um dia inteiro de felicidades para cada um de nós!

Liahna Mell

🐺Nesta edição:

1) Transformando Crise em Conexão: O papel da rotina no autismo: por que ela traz segurança e previsibilidade?

2) Cuidando de Si para Cuidar Melhor: Dor x Sofrimento: Como Transformar Desafios em Crescimento

3) Um Pouco da Nossa História: Comparar as filhas: pode ou não?

4) Conversa com o Especialista: Medicamentos para Autismo 2

🧩Transformando Crise em Conexão - O papel da rotina no autismo: por que ela traz segurança e previsibilidade?

Para crianças no espectro autista, a rotina é como um mapa claro e confiável em um mundo cheio de estímulos imprevisíveis.

O dia a dia organizado e previsível oferece segurança, pois reduz a ansiedade gerada pela incerteza do que está por vir.

Saber o que acontece a seguir ajuda a criança a se preparar mentalmente e emocionalmente, promovendo uma sensação de estabilidade que facilita tanto as transições quanto as atividades cotidianas.

Quando uma rotina é estruturada, a criança começa a desenvolver a habilidade de antecipação — ela sabe que, após o café da manhã, vem a hora da escola, e depois do banho, é o momento de relaxar.

Essa previsibilidade funciona como um abraço acolhedor, ajudando a minimizar crises e a lidar melhor com mudanças.

A rotina não precisa ser rígida, mas sim adaptada ao ritmo e às necessidades de cada criança, respeitando seus limites e incluindo momentos de descanso e lazer.

Além de trazer conforto, a rotina também fortalece a conexão entre pais e filhos.

Durante os momentos estruturados do dia, como uma leitura antes de dormir ou um lanche em família, criam-se oportunidades de interação afetuosa e de troca.

Mais do que uma simples organização, a rotina se torna um espaço seguro onde a criança se sente compreendida, apoiada e mais confiante para explorar o mundo ao seu redor.

Amidst the fury of the sea, a lighthouse stands as a beacon of resilience. The monochrome tones capture the clash of waves against the breakwater, where nature’s might meets human steadfastness. Birds in flight add a tranquil contrast to this dynamic interplay

🌻Cuidando de Si para Cuidar Melhor - Dor x Sofrimento: Como Transformar Desafios em Crescimento

A dor é uma parte inevitável da vida, mas o sofrimento é como uma escolha que fazemos ao resistir à realidade.

Segundo a neurociência, existem dois tipos de dor: a transitória, como uma picada de agulha, que é rápida e momentânea; e a persistente, como uma queimadura, que dura mais tempo até cicatrizar.

Assim também acontece com nossas emoções: a dor ocorre no presente, mas o sofrimento se prolonga quando ficamos presos ao passado, criando narrativas e expectativas que não mudam os fatos.

Para aliviar o sofrimento, é preciso mudar nossa relação com a dor.

Aceitar que os desafios fazem parte da caminhada humana nos permite crescer e nos fortalecer. Não podemos controlar o que acontece, mas podemos escolher como reagir.

Quando olhamos para a experiência com a perspectiva do aprendizado — perguntando "O que posso tirar dessa situação?" — encontramos propósito até nos momentos difíceis e diminuímos seu impacto.

"Sofremos mais na imaginação do que na realidade".

Sêneca

A verdadeira cura não está na ausência da dor, mas na forma como lidamos com ela. Ao acolher as lições presentes em cada desafio, avançamos com leveza e amadurecimento, transformando a dor em uma ferramenta para nosso crescimento.

✅ Jogo dos 7 erros

Resposta no fim desta edição

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🐺Um Pouco da Nossa História - Comparar as filhas: pode ou não?

Quando nossa filha mais velha começou a apresentar crises intensas e duradouras, inicialmente achamos que se tratava de birras comuns da infância.

Tentamos aplicar os princípios da disciplina positiva, mas, ao invés de ajudar, nossas tentativas pareciam piorar a situação. As conversas não acalmavam, e o desespero acabava tomando conta.

Quando nossa filha mais nova completou 2 anos, sentimos um receio natural: se não havíamos conseguido lidar tão bem com as crises da mais velha, como seria com duas crianças pequenas?

Para nossa surpresa, com a mais nova, os mesmos métodos funcionavam. Ela respondia positivamente às orientações, entendia os limites e se acalmava com nossas intervenções.

Foi então que, sem intenção, começamos a comparar as duas. Não no sentido de medir suas capacidades ou aptidões, mas de observar suas diferenças comportamentais e de desenvolvimento.

Ao perceber como a mais nova reagia às mesmas situações com mais facilidade, ficou claro que a mais velha apresentava sinais que iam além do que esperávamos para sua idade.

Essas comparações nos ajudaram a identificar comportamentos atípicos, o que nos motivou a buscar apoio profissional. Procuramos uma sessão de psicologia familiar e demos início a uma jornada de entendimento e acolhimento das necessidades dela.

Comparar crianças pode ser uma ferramenta importante quando usada com responsabilidade.

Observar marcos de desenvolvimento e diferenças no comportamento pode ajudar a identificar atrasos ou questões que mereçam uma avaliação mais cuidadosa. Porém, é fundamental que essa comparação não se transforme em cobranças injustas, colocando peso nas capacidades que uma criança ainda não possui.

Cada criança tem suas características e seus desafios. Mais do que esperar que todas sejam iguais, o essencial é reconhecer suas singularidades e oferecer o apoio necessário para que cada uma floresça à sua maneira.

Sugestão de brinquedo para ajudar na regulação da criança.

O Boneco Cachorrinho Anti-Stress tem design macio e divertido oferece alívio do estresse e proporciona uma atividade lúdica para as crianças.

Além de divertir, ele estimula o desenvolvimento da coordenação motora fina e a capacidade de concentração, sendo uma opção de presente criativo e educativo.

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Dr Leonardo Perfeto

🎓Conversa com o Especialista

Na seção Conversa com o Especialista, responderei a perguntas que recebo nas caixinhas do Instagram para oferecer insights valiosos sobre o autismo e o desenvolvimento infantil.

A cada edição, trarei temas práticos e relevantes para ajudar as famílias a compreender melhor o transtorno e a melhorar a qualidade de vida de suas crianças, sempre com dicas e orientações.

Ao final, responderei a perguntas sobre curiosidades pessoais, também feitas no Instagram.

Nesta edição, irei responder a perguntas frequentes sobre um tema crucial para muitas famílias: Medicamentos para Autismo 2

  1. Como saber se a medicação está realmente ajudando meu filho?
    R: A melhor maneira de avaliar se a medicação está funcionando é observar e registrar as mudanças no comportamento e no bem-estar da criança após o início do tratamento, com base no que a medicação foi indicada. Alguns sinais positivos podem incluir a redução da irritabilidade, das crises de agressividade, ou da hiperatividade, além de uma melhora na qualidade do sono e na capacidade de atenção. É importante conversar com os profissionais de saúde que acompanham seu filho e compartilhar suas percepções do dia a dia. Manter um diário simples, anotando comportamentos antes e depois da medicação, pode ser muito útil para identificar melhoras ou possíveis efeitos adversos.

  2. Os medicamentos para autismo podem causar dependência ou efeito colateral a longo prazo?

    R: Cada medicação tem um perfil específico, e os efeitos colaterais podem variar de acordo com a substância, a dose e o organismo da criança. As medicações mais usadas no autismo, como antipsicóticos ou estabilizadores de humor, geralmente não causam dependência no sentido clássico. No entanto, seu uso prolongado exige monitoramento regular para evitar possíveis efeitos adversos, como ganho de peso, alterações metabólicas ou sonolência. Por isso, é fundamental seguir as orientações médicas e realizar exames de acompanhamento conforme solicitado pelo profissional. A decisão de usar medicação deve sempre levar em conta os benefícios e os riscos, visando o melhor equilíbrio para a qualidade de vida da criança.

  3. Apenas medicações ajudam no tratamento do autismo?

    R: Não, o tratamento do autismo não depende apenas de medicações. As medicações podem ser uma ferramenta importante, mas geralmente são utilizadas para tratar sintomas específicos, como ansiedade, agressividade, hiperatividade ou distúrbios do sono, que podem acompanhar o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Elas não tratam a causa do autismo nem substituem as intervenções fundamentais que promovem o desenvolvimento global da criança.

    O tratamento ideal para o autismo é multidisciplinar e individualizado, combinando diversas abordagens para atender às necessidades específicas de cada criança. Terapias comportamentais, como o ABA (Análise do Comportamento Aplicada), ocupacionais, de integração sensorial em Ayres, fonoaudiologia e intervenções educacionais são essenciais para ajudar no desenvolvimento das habilidades sociais, cognitivas e comunicativas. Além disso, práticas complementares, como atividades físicas, musicoterapia e apoio nutricional, podem trazer benefícios adicionais.

    O mais importante é buscar orientação de profissionais qualificados, que vão construir um plano de tratamento equilibrado e adaptado às características da criança, garantindo um desenvolvimento mais saudável e uma qualidade de vida melhor para toda a família.

    Envie sua dúvida para o e-mail [email protected] e também fique atenta às caixinhas de perguntas no meu Instagram @dr.leonardoperfeto

✅ Resposta do Jogo dos 7 erros

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Até a próxima edição! 🐺

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