Comunicação verbal e não-verbal🐺

Identificar para facilitar o dia a dia

📃Edição 04

⏳Tempo aproximado de leitura: 4 minutos

Comunicação verbal e não-verbal🐺
Identificar para facilitar o dia a dia

🌻Mensagem para a semana

Caminhando Juntos: A Força de Pequenos Passos Diários

Cada dia traz consigo a oportunidade de dar pequenos passos na jornada com seu filho. Esses momentos, mesmo que pareçam simples, são conquistas que mostram o caminho que vocês estão construindo juntos. Valorize cada sorriso, cada olhar e cada nova palavra, pois eles são o reflexo do esforço e da dedicação de ambos.

Nem sempre será fácil. Haverá dias em que o progresso parecerá lento ou até inexistente, e isso pode ser desafiador. Mas lembre-se de que todo avanço, por menor que seja, é uma prova da força e da resiliência que vocês têm. O importante é seguir caminhando, lado a lado.

A força da caminhada está na constância, no apoio mútuo e no amor incondicional. Cada pequeno passo é parte de uma jornada maior, cheia de descobertas e crescimento. E, juntos, vocês estão construindo um vínculo que se fortalece a cada dia.

🐺Nesta edição:

1) Dicas para Estimular o Desenvolvimento da Fala e da Linguagem das Crianças 

2) Respirando Fundo: Como a Atividade Física Pode Transformar Sua Rotina

3) Um pouco da nossa história: O Que Aprendi com as Primeiras Crises da Minha Filha

4) Conversa com o Especialista: Como Ajudar Crianças Autistas a Explorar o Mundo Através dos Sentidos

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🧩Dicas para Estimular o Desenvolvimento da Fala e da Linguagem das Crianças

Um ponto crucial no desenvolvimento da fala das crianças, especialmente as que estão no espectro do autismo, é a interação constante e verbal com os pais. Muitas vezes, de forma inconsciente, os pais acabam falando mais com os filhos que oferecem mais respostas e interações do que com aqueles que têm dificuldades comunicativas.

É uma situação comum no consultório: pais de irmãos, onde um tem autismo e o outro não, percebem que conversam muito mais com a criança que responde do que com aquela que não oferece tanto feedback.

Essa diferença de abordagem pode ser notada em momentos rotineiros. Por exemplo, durante o banho, enquanto com a criança sem autismo os pais podem estar constantemente falando, nomeando partes do corpo ou brincando com a água, com a criança autista o momento se torna mais automático, apenas para cumprir a tarefa.

Isso acontece porque a falta de resposta imediata faz com que muitos pais deixem de pedir coisas ou falar com a criança, justamente por essa falta de reciprocidade, que é um dos critérios do autismo.

Para mudar isso, primeiro, introjete o que está na frase acima, compreendendo cada vez mais os déficits sociais de seu filho. Além disso, é importante insistir na comunicação.

Para mudar isso, primeiro, introjete o que está na frase acima, compreendendo cada vez mais os déficits sociais de seu filho. Além disso, é importante insistir na comunicação.

Mesmo que a criança não responda ou pareça não estar interessada, continue conversando, dando instruções e pedindo pequenas tarefas. Por exemplo, peça para ela pegar algo para você e, caso não atenda, mostre como fazer, guiando-a fisicamente.

Além disso, atividades como a leitura de livros com figuras e momentos de refeição em família, sem distrações eletrônicas, são oportunidades valiosas para praticar a linguagem.

E se a criança ainda não verbaliza, utilize a linguagem motora: ensine-a a apontar o que deseja e olhe para onde ela indica. Esses pequenos passos ajudam bastante no desenvolvimento da comunicação.

Essas práticas cotidianas fazem a diferença. Aproveite cada oportunidade para falar, pedir e interagir, e não se esqueça de modelar a comunicação em família, criando um ambiente rico em linguagem.

Strong Woman Knockout GIF by This Girl Can

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🚶‍♀️Respirando Fundo: Como a Atividade Física Pode Transformar Sua Rotina

A rotina de cuidar de uma criança autista pode ser exaustiva, e encontrar tempo para cuidar de si mesma parece quase impossível. Mas é importante lembrar que, para cuidar bem de alguém, você precisa estar bem também.

A atividade física é uma das melhores formas de renovar as energias, liberar o estresse e melhorar o bem-estar emocional e físico. Além disso, movimentar o corpo pode ser a chave para transformar sua rotina e aumentar sua disposição para lidar com os desafios diários de forma mais leve.

A atividade física libera endorfinas, os hormônios do bem-estar, que ajudam a combater o cansaço e o estresse. E o melhor é que você não precisa de longas horas na academia para sentir esses benefícios. Pequenos movimentos diários, feitos em casa, podem fazer uma grande diferença.

Se você se sente sobrecarregada ou sem ânimo, dar um passo de cada vez e encontrar maneiras simples de se movimentar pode ser transformador. Às vezes, só é preciso um pouquinho de movimento para trazer uma sensação de alívio e equilíbrio.

A atividade física em casa pode ser uma ótima maneira de inserir movimento na sua rotina, mesmo nos dias mais corridos. E o melhor de tudo é que você não precisa de equipamentos sofisticados – o importante é se movimentar! Aqui estão algumas dicas práticas para começar: bem consigo mesmo.

  1. Alongamentos simples: Comece o dia com alongamentos para soltar o corpo. Estique os braços, as pernas, faça movimentos circulares com o pescoço e os ombros. Isso ajuda a despertar e preparar o corpo para os desafios do dia.

  2. Dança livre: Coloque uma música que você goste e dance! A dança é uma excelente forma de liberar tensões e aumentar os níveis de energia. Além disso, você pode fazer isso com seus filhos, transformando o momento em uma diversão para toda a família.

  3. Treino de circuito: Separe 15 minutos para um circuito simples de exercícios como polichinelos, agachamentos, abdominais e flexões. Esses exercícios movimentam várias partes do corpo e podem ser feitos no conforto da sala.

  4. Yoga ou Pilates: Esses exercícios são perfeitos para fortalecer o corpo e relaxar a mente. Existem diversos vídeos online que ensinam práticas para iniciantes, e você pode praticar no seu próprio ritmo.

  5. Subir e descer escadas: Se você tem escadas em casa, aproveite para usá-las como ferramenta de exercício. Subir e descer alguns lances já é uma ótima atividade cardiovascular que pode ser feita em pequenos intervalos durante o dia.

Incluir essas atividades simples na sua rotina ajuda a liberar o estresse, melhorar o humor e aumentar sua energia para lidar com os desafios diários. Movimente-se no seu ritmo, respeitando seu corpo e aproveitando cada momento!

✅ Caça-palavras

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🐺Um pouco da nossa história: O Que Aprendi com as Primeiras Crises de Minha Filha

Durante a fase do "Terrible Two", eu, como muitos pais, acreditava que as explosões de comportamento da minha filha eram apenas birras típicas da idade.

Eu achava que ela estava passando por aquela fase natural de teimosia e frustração, e que as reações intensas faziam parte do desenvolvimento normal.

Tentei aplicar todas as técnicas que conhecia – disciplina positiva, criação com afeto, paciência – mas algo não encaixava.

Quanto mais tentávamos, mais as crises se intensificavam, e nada parecia funcionar como deveria. Nós nos sentíamos perdidos, sem saber como ajudá-la.

Foi então que, com o tempo, o diagnóstico de autismo entrou em nossas vidas e virou essa percepção de cabeça para baixo.

Aprendi que o que eu chamava de "birras" era, na verdade, o reflexo da dificuldade da minha filha em se comunicar e lidar com sua rigidez cognitiva.

Ela não estava apenas testando limites, mas tentando expressar algo que não conseguia dizer com palavras.

E compreender isso, mudou tudo.

Comecei a observar seus comportamentos com um olhar mais sensível e acolhedor, buscando compreender o que ela realmente precisava em cada momento.

Essa experiência me transformou como pai e pediatra. Pude perceber a importância de distinguir as birras de crises reais, entender os sinais de sobrecarga sensorial e comunicação frustrada.

Hoje, essa aprendizagem me permite ajudar outras famílias a atravessarem esses mesmos desafios.

A cada situação que chega ao meu consultório, eu levo comigo a lição que minha filha me deu: mais do que controlar comportamentos, é essencial entender a raiz deles para oferecer o suporte certo e tornar a caminhada mais leve para todos.

Dr Leonardo Perfeto

🎓Conversa com o Especialista

Na seção Conversa com o Especialista, responderei a perguntas que recebo nas caixinhas do Instagram para oferecer insights valiosos sobre o autismo e o desenvolvimento infantil.

A cada edição, trarei temas práticos e relevantes para ajudar as famílias a compreender melhor o transtorno e a melhorar a qualidade de vida de suas crianças, sempre com dicas e orientações.

Ao final, responderei a perguntas sobre curiosidades pessoais, também feitas no Instagram.

Nesta edição, irei responder a perguntas frequentes sobre um tema crucial para muitas famílias: Como Ajudar Crianças Autistas a Explorar o Mundo Através dos Sentidos

  1. Como posso identificar se meu filho tem hipersensibilidade ou hipossensibilidade a certos estímulos sensoriais?
    R: Identificar se seu filho apresenta hipersensibilidade (sensibilidade excessiva) ou hipossensibilidade (baixa sensibilidade) deve ser um processo de observação. Preste atenção nas reações dele a sons, luzes, texturas e cheiros. Se ele parece incomodado, cobre os ouvidos ou evita determinadas situações, isso pode indicar hipersensibilidade. Por outro lado, se ele não reage a estímulos que normalmente incomodariam outras crianças, como barulhos altos ou mudanças de temperatura, pode ser hipossensível. Conversar com profissionais, como terapeutas ocupacionais, pode ajudar a esclarecer essas observações e fornecer estratégias adequadas.

  2. Quais atividades sensoriais são mais eficazes para ajudar meu filho a explorar o mundo de forma segura e confortável?
    R: Existem muitas atividades sensoriais que podem ser benéficas! Experimente brincadeiras com massas, como argila ou massinha, que oferecem diferentes texturas. Atividades com água, como brincar na banheira ou usar baldes com diferentes objetos, também são ótimas para estimular o tato. Para a audição, instrumentos musicais simples, como chocalhos ou tambores, podem ser divertidos. Importante: observe as reações do seu filho e adapte as atividades conforme necessário, respeitando seus limites e preferências.

  3. Meu filho parece evitar certos sons e texturas. Como posso ajudá-lo a lidar com essas sensações sem causar desconforto?
    R: A primeira coisa a fazer é respeitar os limites do seu filho. Nunca force uma situação que o deixe desconfortável. Tente introduzir sons e texturas gradualmente, começando com níveis baixos e aumentando lentamente conforme ele se sentir mais à vontade. Você pode usar fones de ouvido para sons altos ou criar um "cantinho sensorial" com objetos que ele possa explorar no próprio ritmo. Ofereça opções e deixe que ele escolha o que experimentar, isso pode ajudar a construir confiança e conforto.

  4. Existe uma maneira de usar a estimulação sensorial para acalmar meu filho durante momentos de sobrecarga?
    R: Sim, a estimulação sensorial pode ser uma aliada poderosa! Em momentos de sobrecarga, é útil ter um espaço calmo e confortável onde seu filho possa se retirar. Brinquedos de compressão, como bolas macias ou almofadas sensoriais, podem oferecer uma sensação calmante. Além disso, técnicas de respiração profunda ou massagem suave podem ajudar a acalmar os nervos. Criar um ambiente previsível e seguro, com rotinas conhecidas, também é fundamental para minimizar a ansiedade.

  5. Como eu posso adaptar o ambiente da nossa casa para estimular os sentidos de forma positiva, sem gerar ansiedade ou sobrecarga sensorial?
    R: Adaptar o ambiente é uma ótima forma de ajudar seu filho! Mantenha os espaços organizados e livre de excesso de estímulos visuais ou sonoros. Utilize iluminação suave e evite luzes fluorescentes, que podem ser desconfortáveis. Crie áreas dedicadas para diferentes tipos de atividades sensoriais, como um espaço para brincadeiras com água, outro para arte e um canto tranquilo para relaxar. Ofereça materiais sensoriais variados, como tecidos de diferentes texturas, e sempre observe como seu filho reage, fazendo ajustes conforme necessário. O objetivo é promover a exploração de maneira segura e prazerosa!

Curiosidades sobre mim!

  1. Se você pudesse voltar no tempo e dar um conselho a si mesmo quando era criança, qual seria?
    R: Não se subestime. Você é muito mais inteligente do que deixaram que você soubesse. Com organização e estratégias, você consegue vencer as dificuldades do déficit de atenção.

Fique atenta às caixinhas de perguntas no meu Instagram. As mais relevantes, trarei pra cá. Quem sabe sua pergunta é respondida aqui também!

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Até a próxima edição! 🐺

Resposta do Caça-palavras:
amor - autismo - maternidade - inclusão - filhos - girassol

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