Contato visual e a interação através de brincadeiras

+ mexer com plantas e sua saúde mental + coisas que doem o coração + mudança de rotina nas férias

📃Edição 09

⏳Tempo aproximado de leitura: 4 minutos

🌻Mensagem para a semana

🐺Nesta edição:

1) Transformando Crise em Conexão: Fortalecendo o contato visual e a interação através de brincadeiras

2) Cuidando de Si para Cuidar Melhor: Os benefícios de mexer com plantas

3) Um Pouco da Nossa História: Coisas que doem o coração

4) Conversa com o Especialista: Como lidar com as mudanças de rotina nas férias escolares de crianças autistas?

🧩Transformando Crise em Conexão: Fortalecendo o contato visual e a interação através de brincadeiras

Construir o contato visual e promover interações significativas com crianças que fazem pouco ou nenhum contato visual pode parecer desafiador, mas pequenas ações no dia a dia podem ajudar bastante.

Um ponto de partida é ajustar sua posição física durante as interações. Sente-se no nível da criança, de frente para ela, criando oportunidades de olhar olho no olho. Em vez de insistir que ela olhe diretamente para você, tente chamar sua atenção usando objetos que despertem interesse.

Por exemplo, se ela gosta de bolhas de sabão, brinque soltando bolhas e espere até que ela olhe para você antes de soprar a próxima.

Outra estratégia valiosa é focar na atenção compartilhada. Isso significa observar o que chama a atenção da criança e participar dessa atividade. Se ela está empolgada com carrinhos, sente-se ao lado dela e imite a brincadeira, usando outro carrinho ou comentando sobre o que ela está fazendo.

Por exemplo, se ela faz um carrinho “voar”, você pode imitar e dizer algo como: “Olha, o meu também está voando!”.

Mesmo que a resposta não seja imediata, essa abordagem ajuda a criar momentos de conexão baseados nos interesses dela.

Uma dica de brincadeira que incentiva o contato visual é o "esconde-esconde facial". Cubra o rosto com as mãos, espere um momento e depois diga “Achou!” com entusiasmo ao abrir as mãos.

Essa atividade simples pode despertar curiosidade e, aos poucos, encorajar a criança a buscar mais contato visual. Lembre-se de sempre respeitar o tempo e o espaço da criança.

Para incentivar ainda mais a interação, traga objetos favoritos para a brincadeira, como bonecos ou livros preferidos. O segredo está em construir uma relação leve e prazerosa, onde o contato visual e a interação acontecem de forma natural e sem pressões..

🌻Cuidando de Si para Cuidar Melhor: os benefícios de mexer com plantas

Cuidar de plantas pode ser uma poderosa ferramenta para a saúde mental, especialmente para mães de crianças autistas, que vivem uma rotina intensa e muitas vezes desgastante.

Mexer com a terra, observar o crescimento de uma planta ou simplesmente cuidar de um pequeno jardim no quintal ou em vasos pode ser um momento de conexão consigo mesma.

Essas pausas na correria ajudam a reduzir o estresse e promovem uma sensação de calma e controle, tão importantes em uma rotina que frequentemente exige flexibilidade e resiliência.

Quando mexemos com plantas, nossa mente entra em um estado de atenção plena.

Sentir a textura da terra, o cheiro das folhas ou a umidade da água promove uma ligação direta com o presente. Isso ajuda a reduzir os pensamentos acelerados e diminui a ansiedade.

Além disso, o contato com a natureza é cientificamente comprovado como um alívio natural para o estresse, diminuindo os níveis do hormônio cortisol. É como um pequeno respiro verde em meio às demandas diárias.

Outra vantagem é a simbologia de cuidar de algo que cresce e floresce. Assim como as plantas, nós, mães, precisamos de cuidado para continuar fortes.

Dedicar-se a essa atividade não é apenas autocuidado, mas também uma forma de ensinar para nossos filhos, mesmo que indiretamente, o valor de se conectar com a natureza e cuidar de si mesmo.

Se você nunca tentou, comece pequeno: cultive ervas em vasos ou crie um cantinho verde na sua casa. Um pequeno gesto pode fazer toda a diferença no seu bem-estar emocional..

Aqui está uma dica de flores que você consegue plantar até mesmo em um vasinho.

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🐺Um Pouco da Nossa História: Coisas que doem o coração

É natural que a gente idealize o presente e o futuro dos nossos filhos. Imaginamos sempre o melhor: saúde, amizades verdadeiras, autonomia, e segurança emocional, seja a criança típica ou atípica. Esses sonhos são parte do amor que sentimos por eles.

No entanto, quando falamos de autismo, as dificuldades sociais inerentes ao TEA podem trazer frustrações. Nossa filha, por exemplo, tem uma grande dificuldade em iniciar interações com outras crianças da sua idade.

Muitas vezes, é a irmã mais nova quem funciona como ponte, ajudando-a a se conectar. Mas, quando está sozinha, parece que um muro invisível se ergue entre ela e as outras crianças.

Às vezes, percebo, em seu olhar, uma mistura de vontade de interagir e o peso das barreiras de comunicação e socialização.

Com o tempo, aprendemos a ajudá-la nessas situações. Procuramos aliviar um pouco a pressão social, permitindo que ela se sinta mais à vontade para tentar interagir no seu ritmo.

Seguimos o caminho com o apoio da nossa psicóloga, mas ainda assim, como pais, é difícil não sentir aquele aperto no coração ao pensar no futuro social dela. Apesar disso, seguimos firmes, acreditando que, com paciência e amor, ela encontrará o seu lugar no mundo

Dr Leonardo Perfeto

🎓Conversa com o Especialista

Na seção Conversa com o Especialista, responderei a perguntas que recebo nas caixinhas do Instagram para oferecer insights valiosos sobre o autismo e o desenvolvimento infantil.

A cada edição, trarei temas práticos e relevantes para ajudar as famílias a compreender melhor o transtorno e a melhorar a qualidade de vida de suas crianças, sempre com dicas e orientações.

Ao final, responderei a perguntas sobre curiosidades pessoais, também feitas no Instagram.

Nesta edição, irei responder a perguntas frequentes sobre um tema crucial para muitas famílias: Como lidar com as mudanças de rotina nas férias escolares de crianças autistas?

  1. Por que mudanças na rotina afetam tanto as crianças com autismo?

    R: Mudanças na rotina podem ser desafiadoras para crianças autistas porque muitas delas encontram conforto e segurança em uma estrutura previsível. Essa previsibilidade ajuda a diminuir a ansiedade, já que elas sabem o que esperar. Quando algo muda, pode ser difícil processar a novidade, gerando estresse ou comportamentos desafiadores. A rigidez na rotina está associada às características do TEA, como dificuldades em lidar com a flexibilidade e a imprevisibilidade.

  2. Como posso preparar meu filho para as alterações de rotina nas férias?

    R: Preparar o seu filho envolve introduzir as mudanças de forma gradual e visual. Você pode criar um calendário visual com atividades previstas para os dias de férias, incluindo momentos de descanso e brincadeiras. Antecipe eventos diferentes e explique o que vai acontecer, usando fotos, vídeos ou histórias sociais. Se possível, pratique partes da nova rotina antes do evento principal, como visitar um local novo em um momento mais calmo.

  3. Quais estratégias ajudam a manter uma organização mínima durante esse período?

    R: Mesmo com a quebra de rotina, tente manter uma estrutura básica que inclua horários consistentes para alimentação, sono e atividades favoritas. Insira momentos de pausa sensorial para que seu filho tenha um tempo para recarregar as energias. Use lembretes visuais ou verbais para ajudar na transição entre atividades. Além disso, flexibilize, mas mantenha algum grau de previsibilidade, como o uso de cronogramas adaptáveis.

  4. Atividades em grupo nas férias são benéficas ou podem causar sobrecarga?

    R: Atividades em grupo podem ser muito enriquecedoras, mas também podem causar sobrecarga sensorial ou emocional, dependendo das características da criança. Antes de participar, avalie o ambiente: é tranquilo? Possui adaptações que ajudam no conforto do seu filho? Comece com interações menores, como um encontro com uma ou duas crianças conhecidas. Esteja atento aos sinais de sobrecarga e respeite o tempo da criança, sempre permitindo pausas se necessário.

    Curiosidades sobre mim!

  1. Como você encontra equilíbrio entre as demandas da sua profissão e os momentos de autocuidado?
    R: Nos últimos tempos não vinha encontrando este equilíbrio, mas desde o mês de agosto de 2024, tenho procurado dedicar-me mais tempo a estar com a minha família e ao que gosto de fazer. O problema é que eu amo meu trabalho e, quando vejo, já estou imerso nele novamente.

Resposta do Quiz

A atenção compartilhada é a habilidade de duas pessoas se concentrarem no mesmo objeto ou evento ao mesmo tempo, promovendo uma conexão emocional e social entre elas. No contexto do autismo, desenvolver a atenção compartilhada é importante porque ajuda a criança a entender que pode compartilhar experiências e interesses com outras pessoas.

Por exemplo, quando você aponta para um brinquedo e comenta sobre ele, está incentivando a criança a olhar para o mesmo objeto e perceber sua intenção de compartilhar a experiência. Esse é um passo essencial para desenvolver habilidades sociais e de comunicação.

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Até a próxima edição! 🐺

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